Boa sorte

3 de agosto de 2012



Há impressões que nos ficam. Coisas que se tatuam em nós sem que disso tenhamos acordo ou nisso tenhamos consentido. Como esta música da Vanessa da Mata. Há cinco anos atrás passava repetidamente na rádio e acabou por ser a banda sonora quase perfeita daquele verão que se abria em promessa e, ao mesmo tempo, escondia maquiavélico um volte-face que me tem presa, desde então, em estado de espanto.

Cinco anos depois voltam a incluir-me na equipa do “Regresso às Aulas” e para além da natural resistência de quem constata que apesar da experiência adquirida ao longo de seis anos a tendência é para fazer pior e da pior maneira possível tenho a resistência muito pessoal de regressar a um “local” onde a contagem decrescente que, naturalmente, faço todos os anos ganha contornos mais precisos. Foi ali que ela se iniciou. E ainda que negando até ao fim a possibilidade do que haveria de acontecer foi ali que primeiro tive esse pressentimento.

Não admira portanto que raios e coriscos estejam previstos nos próximos tempos. Mas esses mais por causa do modus “idiotus” operandis da campanha do que propriamente pelas reminiscências deste período. Com essas lido quase todos os dias e já se tornaram uma segunda pele. O resto já é outra história e o pior é que a Vanessa da Mata nem por isso passa na rádio. 

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