Haberemus Papa

11 de fevereiro de 2013

O Papa resigna e eu só posso aplaudir essa decisão. Em primeiro lugar porque é inadmissível que, no tempo que corre, se permita que pessoas da idade dele sejam expostas à violência deste cargo; João Paulo II deveria ter sido poupado ao triste espectáculo do seu fim de vida. Em segundo lugar porque, a haver tomates, no próximo conclave será escolhido um Papa substancialmente mais novo e mais desta era, mais deste mundo e com uma perspectiva da vida e do futuro mais de acordo – de preferência em consonância – com o seu rebanho.

Ainda assim, tudo é possível e não me espantaria se tivéssemos mais do mesmo. Mas, como dizia a minha mulher, elevando a espátula de virar hambúrgueres, “precisamos de um novo concilio!!!”.

Precisamos. Precisamos de uma nova tomada de posição, de uma alteração de dogmas, de uma igreja que acompanhe os fiéis e não se deixe ficar para trás. Precisamos que o Vaticano trema e que lhe seja limpo o pó e as ideias. Precisamos que a Igreja se abra ao mundo, se abra à vida em todas as suas múltiplas possibilidades e precisamos que defenda a vida e seja abertamente inclusiva.

Mas… a ver vamos.  

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