Apparat

16 de julho de 2013



Ouvir Apparat será sempre uma experiência embrulhada em emoções contraditórias. Está impregnado de ti que mo deste a conhecer e impregnado de perda porque foi a banda sonora dos dias que precederam a partida da minha mãe. Talvez por isso signifique para mim a vida e os seus extremos e aquilo que de entremeio se lhe queda e que sou eu.


Parece que esta altura o pede sempre para ouvir. Só um pouquinho de cada vez. Todos os anos se inicia em mim esta espécie de contagem decrescente e já não tento contraria-la. Faz parte. É como se, tendo presente os dias e os momentos, pudesse tocar-me o ombro, o meu ombro de então, e me pudesse dizer baixinho ao ouvido: “Tem calma. Vais conseguir sobreviver a isto”. 

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