Os da casa II

6 de agosto de 2013

As pessoas que trabalham comigo têm-me em conta de paciente, ponderada e de trato fácil. Dizem-me que mais depressa acaba o mundo do que eu “perco a cabeça e parto a loiça toda”. Por isso, ontem, ao ter passado – literalmente - o dia todo a resmungar porque, basicamente, tive de desfazer uma porcaria de trabalho feito por ordem de alguém que ganha o suficiente para ter mais juízo, desafiei as leis do universo e chateei a moleirinha a toda a gente. Tanto que até eu me cansei de me ouvir... e logo eu, que nem por isso sou de muitas falas.

Trabalhar com muitas mulheres é complicado por todas as razões óbvias, instituídas, assumidas, erradamente presumidas e todas aquelas que ainda não foram apontadas; mas trabalhar com muitos homens também não é fácil. Em certos aspectos é pior. Sobretudo quando cada um deles acha que mija mais longe do que o outro e que é mais inteligente do que o outro e mais assertivo do que o outro e com mais autoridade do que todos. Era manda-los medir e comparar as pilinhas para ver se deixavam as pessoas trabalhar sossegadas.


Se há coisas que me irritam uma delas é a das pessoas acharem que por serem hierarquicamente superiores são automaticamente mais inteligentes. Não são. Não são! E não são porque insistem no erro de não escutarem as equipas – que são quem, grosso modo, está por dentro da dinâmica do trabalho – e imporem as suas vontades. Que mais tarde ou mais cedo se revelam erradas e implicam perda de tempo e energia para toda a gente. 

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