Valentinas

13 de fevereiro de 2015

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O dia dos namorad@s não nos diz muito mas, de vez em quando, lá nos lembramos da data e lá nos propomos a fazer qualquer coisa. Como vou estar a trabalhar no dia em questão antecipámos a comemoração e fomos ontem ao Teatro. Já não íamos ver uma peça há muito tempo e logo percebemos a falta que nos fazia. E como é belo, sempre belo.

Fomos ver “Gata em Telhado de Zinco Quente” do Tennessee Williams pelos Artistas Unidos. Adorámos! A peça, ao contrário do filme, não foge ao seu desígnio e persegue afincadamente o tema da homossexualidade, encurralando as personagens até que, quase em grito, elas enfrentam a provocação e a suspeita e expressam amor enquanto se afogam na sua própria culpa. E na bebida. E no desespero. E no vazio. E na mentira. Num ciclo que não se quebra apenas porque, por breves momentos, houve um lampejo de honestidade.


Não é um texto com final feliz. É um texto com o final possível, vago e constrangedor. Talvez, por isso, mais verdadeiro do que qualquer outro desenlace. Assim... meio sem sal, como às vezes a vida.   

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