Deveres cívicos

22 de novembro de 2014

Então é assim: quando eu vos pergunto, queridos clientes da minha livraria, se pretendem factura com número de contribuinte eu espero apenas duas respostas possíveis. Ou sim. Ou não. Nenhuma das abaixo mencionadas é válida:

- Eu não quero que eles saibam o que eu ando a ler;
- Já tenho dois carros, não preciso de outro;
- Ainda ganho o carro e isso é um presente envenenado;
- Ponha aí o da Ministra (é crime, querido cliente, é crime...);
- Eu não sou fiscal das finanças;
- Ui! Eles ainda aumentam os impostos;
- Assim ficam a achar que vivemos acima das possibilidade;
- Eles não merecem;
- Etc, etc, etc...


É que vocês são extremamente chatos! Por um lado acham que têm piada e talvez tenham, à primeira ou segunda vez que ouvimos isso mas... 1 milhão de vezes depois já não há muito por onde rir. E depois, meus queridos clientes, pedir factura não põe o SIS a expiar-vos apenas porque compraram o terceiro volume das “50 Sombras de Grey” para oferecer às vossas mulheres, se tanto apenas entristece o livreiro porque há coisas bem melhores para ler esquecidas nas estantes. Ignorem, portanto, o vosso reportório de frases feitas sobre o assunto e digam “sim” ou “não”. De preferência “sim”, que o País agradece e a nós não nos custa nada.

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